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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Na Arte, na irritação e no Hino Nacional.

               
                Ontem participei de uma Oficina de Artes promovida pela instituição em que leciono direcionada pela artista Silvia Teske.
                 Esta oficina foi muita rica para mim porque conheci obras de Claudio Tozzi, um artista formado em arquitetura que até então, dele muito pouco tinha ouvido falar, quanto menos conhecia as maravilhas que ele deixa para o nosso patrimônio cultural.
                As obras de Claudio Tozzi têm em suas formas e cores uma espécie de quebra-cabeça que conversam entre si e promovem espetáculos visuais, suas colocações são improváveis e ao mesmo tempo racionais, porém, o que mais me chamou a atenção foi a beleza preocupante que eu, na minha inexperiência, definiria assim.
 
                Mostro de forma autocrítica a obra “Multidão” que na época em que foi construída tinha a opressão militar, a famosa ditadura, desestruturando uma nação, exilando a inteligência e a liberdade de expressão. Para os dias de hoje, não há semelhanças, não. Embora possamos pensar que passamos por crises, mas naqueles tempos era bem diferente... As coisas acontecem com a nossa permissão.
                Nos anos 60, 70 eram muito importantes os direitos coletivos, embora não existisse ainda essa obrigatoriedade expressa na Constituição de 88. Hoje, sair nas ruas para protestar é ridículo, perigoso, não pensamos mais no próximo, ninguém se importa com a gente. Agora que a liberdade de expressão é lei, não queremos mais ela, partimos então para o individualismo. Só fico imaginado onde estão os idealistas desta época que não morreram... Perderam a memória, se entregaram ao luxo e ao poder, distorceram suas conquistas...
                Podemos até dizer que há uma nova ditadura mascarada pelas ”bolsas” e “cotas” uma vez que nos deixamos levar pela instabilidade intelectual desenvolvida nestes benefícios que nos levam ao consumismo e ao “achismo” de que estão ofertando espaço a todos. Pura enganação. Sabendo que posso entrar numa faculdade pública porque sou pobre, quesito pobre, para quê estudar É só um exemplo, mas é um comodismo bem presente.
                Desta forma, nesta era de corrupção, descaso e desolamento o que acontece com a gente é que estamos compactuando como agentes passivos das coisas que mais criticamos e retomando a obra acima vejo uns gritando com os outros procurando culpados que não sejamos nós mesmos.
                                 Assim, vamos caminhando como “Gente no Viaduto” entregando nosso corpo, nosso dinheiro, nossa essência chamando os governantes de ladrões. Hoje este ser já não existe mais. Ladrão é aquele que pega algo alheio sem permissão. Damos tudo o que temos sem pestanejar, sob a lei, pagando-os para nos tomarem, às vezes, até comentamos, mas deixamos para os IPIs, IPVAs, IPTUs. Só não esquecemos de voltar para casa, tomar nosso café e se preparar para o dia seguinte.
                Aí eu me questiono: Está bom assim? Que caminho devo seguir? Por que é importante mudar?
                E logo vem a reposta: Não! Tem muita coisa me incomodando, inclusive me incomoda reclamar de tudo que disse via online, mas eu sou uma pena que quer aquecer milhões e assim não posso, preciso de ajuda e quero ajudar! A prova mais óbvia de que precisamos uns dos outros é que mesmo que cada um escolha a sua “escada”, todos irão se cruzar, o planeta é redondo.
A indignação é apenas um sentimento e só deixará de ser quando eu agir... E é fundamental mudar, eu quero qualidade de vida, se penso que vou viver mais 50 anos, se quero um lugar mais digno economicamente, socialmente, ambientalmente para meu filho, meus netos. É uma responsabilidade, é um dever, para que nos livros de história no futuro, muitos anos passem em branco, os nossos...
Já passou da hora de levantarmos deste berço que em nada é esplêndido...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ALFREDO VOLPI E SUAS BANDEIRINHAS

Em época de Festa Junina ou Julina mesmo, o que me vem na cabeça, depois da comida típica, é a decoração. Fogueira, balões e bandeirinhas dão um ar muito alegre aos momentos em que dançamos a quadrilha.
E assim, não posso deixar de me lembrar que na história da Arte, um artista ítalo-brasileiro chamado Alfredo Volpi, construiu sua carreira com as bandeirinhas, não que ele as pintasse por causa da festa, mas porque sabia o quão alegres ficavam as suas obras repletas de bandeirinhas coloridas.
Aliás, Volpi usava e abusava das formas geométricas ao dar vida à sua Arte que consequentemente, estas formas, transformavam-se em bandeirinhas muitas vezes, mas Alfredo Volpi também fez sucesso com outros tipos de desenhos.
Desta forma, deixo este breve relato do grande artista que foi uma grande pessoa, para mostrar como  pode ser muito interessante trabalhar com suas obras em sala neste momento oportuno e garanto que é uma história bonita e estimulante para a criançada explorar.

ADMIRE...



CALMA, QUE ESTAS OBRAS SÃO DAS MINHAS CRIANÇAS, INSPIRADAS POR VOLPI ;)
TENHO GRANDES ARTISTAS NA TURMA...

ALFREEDO VOLPI - VIDA E OBRA

E PARA FINALIZAR, UM TEXTO COLETIVO DESENVOLVIDO PELA GAROTADA DO 3º ANO.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Choveu no terrário!

Este terrário nos acompanha há dois meses e as crianças nunca presenciaram o momento da "chuva", mas neste sábado, numa reunião onde trabalho, fui espiar e vi o que gravei para os pequeninos.

Dois vídeos que reforçam o texto postado anteriormente

É muito interessante a parte em que ele fala dos impostos para refletirmos que não só nos falta uma Educação digna de primeiro mundo pelo que pagamos de tributos, mas segurança, saúde, etc.
É essa a política de Educação que merecemos??

O que será? O que será da Educação?

Muito me entristecem as notícias que estão tomando conta do nosso cotidiano. Muito mais me entristece perceber que estamos ainda longe de uma solução, que o descaso por parte dos nossos representantes vem se desmascarando na medida em que o caráter vai dando espaço à tirania.
A Educação era para ser o maior tesouro do ser humano, e é, mas não porque sem educação não se é nada, mas porque é oferecida para poucos, porém, os que estão entre os afortunados com o tesouro não fazem muita questão de compartilhar com o próximo o quão fundamental a Educação é na vida do homem.
A Educação já libertou povos. Com a Educação vimos toda a evolução humana! Mas por causa de todo o seu valor, é nítida a guerra que traçam politicamente para que a Educação não chegue às mãos do povo.
Eu não poderia pensar diferente, embora fosse o meu maior desejo, é o meu maior desejo, que a Educação passe a caminhar entre as ruas mais estreitas e nos lugares mais distantes, mas não acontecerá enquanto não abrirmos os olhos para uma geração individualista que finca suas raízes nos muros altos das casas, no consumismo irracional, no próximo carnaval ou NOS LIVROS DIDÁTICOS QUE ADMITAM ERROS.
Como se não bastassem as greves alertando o estado de sítio das escolas, que não chamam a atenção dos governantes, infelizmente, agora um material didático com o pré requisito: falta de qualidade.
É certo que nas universidades públicas gira em torno de 80% a quantidade de alunos que frequentaram o ensino particular para se capacitarem para o vestibular, para os processos seletivos. Também é certo que é nos concursos públicos que se contratam os funcionários que servem a população com salários para lá de atraentes. E nestes momentos a gramática faz-se essencial.
Assim, eu me questiono: onde se encaixa o aluno que estuda em escola pública, tendo como único recurso um material didático que não o ensina o certo, mas o que já está acostumado a saber? Não sei. Penso que os educadores já consigam trabalhar com a diversidade linguística, com os dialetos, pois tudo isso faz parte do processo da formação. Mas e o aluno que tem para a sua formação um livro que permite “nós pega os peixe”?
Já lutamos contra o analfabetismo, contra a evasão escolar, por um piso salarial digno, agora vamos ter que lutar contra o material didático (não que este deva ser o único instrumento de trabalho) que para um educador com 60 horas semanais de trabalho é uma ferramenta importante ou indispensável.
Penso que regras gramaticais não sejam a coisa mais importante do mundo, quando um aluno não deseja frequentar uma faculdade, prestar um concurso, escrever um livro ou um artigo. Mas se eu quero ver meus alunos futuros servidores públicos, para bem servirem o povo, com ética e dinamismo, futuros escritores, passarem no vestibular da universidade desejada, como devo proceder? Ensinando o que é certo!
Bom, não sou educadora da rede estadual de ensino, mas sou EDUCADORA e vejo que a nossa classe precisa de união para lutar por direitos que valerão para todos. Não faço uso de livros didáticos na minha rotina, mas não quero ver as crianças de hoje, sem preparo para enfrentar as "provas" da vida profissional de amanhã. Muitas vezes penso que a educação rema contra a maré, de um lado os educadores, do outro a ulceração política. Por isso esta reflexão...

Carimbo de papelão

Olha só que graça!


As crianças fizeram um carimbo cada uma e depois  foram trocando na hora de carimbar. E essa foi uma aula muito divertida!!!